16 de jul. de 2014

A RoboCup, copa do mundo de robôs começa neste sábado





Um dos eventos mais prestigiados pela ciência e tecnologia está prestes a começar, depois do término da Copa do Mundo de Futebol, uma copa do mundo de robôs, a RoboCup, que está marcada para acontecer de 19 à 25 de julho. Neste ano o evento será sediado no Brasil, em João Pessoa - PB e irá contar com cerca de 3 mil engenheiros e cientistas de 45 países.

O Brasil está bem representado no mundial, a equipe chamada RoboFEI, do Centro Universitário da FEI, em São Bernado do Campo, além disso, junto com a EDROM, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU),  eles vão representar  pela primeira vez o Brasil na categoria humanoide dos jogos, que requer um projeto mecatrônico complexo.

“É muito difícil fazer um robô ficar em pé e andar, fazemos isso tão naturalmente que nem imaginamos quanto processamento o cérebro faz para nos manter em pé e caminhando”, diz Reinaldo Bianchi, engenheiro elétrico coordenador do grupo. Se a “simples” locomoção já é um desafio, que dirá toda a automação necessária para que o robô localize e chute a bola, mapeie seus companheiros e os adversários, ou tome atitudes como marcar os jogadores do outro time. Por se tratar da primeira participação, a equipe vai para o torneio com poucas pretensões. “Eu ficaria muito feliz se a gente fosse para uma segunda fase”, comenta Bianchi.

O Brasil não tem muita esperança de conseguir um bom resultado na categoria humanoide, em contrapartida, na categoria Small Size (categoria de robôs pequenos e com rodas), o Brasil já chegou às quartas de final, além disso a equipe que vai representar o Brasil já foi 5 vezes campeã brasileira. Por terem mais experiência nesta categoria, a equipe tem mais esperança de chegar as semi-finais.

Diferentemente do futebol, o futebol de robôs brasileiros não sofre muita pressão por jogar em casa e pela fama do bom futebol, segundo Reinaldo Bianchi, coordenador da RoboFEI, o importante é adquirir conhecimento. “Não há nenhuma pressão, não é como a Copa – ganha a RoboCup quem mais aprende, não quem tira o primeiro lugar”, explica Bianchi, que também é o organizador do simpósio sobre robótica e inteligência artificial que ocorrerá no evento. Ele destaca que, antes de mais nada, trata-se de um encontro científico, onde a cooperação é muito mais forte do que a competição. “Todo mundo quer ganhar, mas se uma outra equipe tem algo legal, basta conversar com eles e compartilhar informações”, diz.

O evento não é apenas o campeonato de futebol, o evento possui uma gama muito grande de cultura,
educação e muita ciência e tencnologia. Há muita coisa para ver, uma das principais atrações é uma modalidade de robôs domésticos e outra de máquinas desenvolvidas para resgates em caso de desastres. No acidente nuclear de Fukushima, foram utilizados robôs apresentados nesta categoria da RoboCup.

 Uma das metas da organização é que, em 2050, a seleção campeã de robôs enfrente a equipe vitoriosa da Copa do Mundo da FIFA, e vença. A 36 anos deste evento histórico, a tecnologia robótica ainda está longe de alcançar este nível de sofisticação. A bem-humorada RoboFEI chegou até a batizar um dos seus quatro robôs humanoides (o único de plástico) em homenagem a um atacante da seleção brasileira. “Ele não faz nada, só cai e se levanta: vamos chamar ele de Fred”, brinca Bianchi.







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