Astrônomos encontraram moléculas de oxigênio na região da Nebulosa de Orion. |
A descoberta, possibilitada pelo uso de um telescópio com detecção de raios infravermelhos do Observatório Espacial de Hershel, na Inglaterra, foi publicada no Astrophysical Journal. Pela análise dos comprimentos de onda vindos dessa região do espaço, os pesquisadores identificaram três focos do gás.
O líder da pesquisa, o astrônomo Paul Goldsmith, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, conta que átomos isolados de oxigênio são comuns no espaço, principalmente em regiões mais quentes, por exemplo, ao redor de estrelas de muita massa.
A novidade é encontrar moléculas de oxigênio, as mesmas que respiramos na Terra, formadas pela junção de dois átomos do elemento. “O gás oxigênio foi descoberto há mais de 200 anos e só agora pudemos confirmar que essa molécula tão simples existe também no espaço!”, diz Goldsmith sem esconder o entusiasmo.
Em 2007, um grupo de pesquisadores já havia detectado a presença de oxigênio molecular na constelação Ophiuchus com o satélite sueco Odin, mas a observação não pôde ser confirmada. A nova pesquisa, no entanto, traz dados mais concretos e mostra que na região observada há uma parte de molécula de oxigênio (O2) para cada um milhão de moléculas de hidrogênio (H2).
Goldsmith ressalta que essa quantidade é muito aquém da esperada e que não deve ser vista como evidência de vida fora da Terra. “Embora o oxigênio molecular seja o que os humanos e a maioria dos animais respiram, não acho que sua detecção esteja ligada a alguma forma de vida extraterrestre”, afirma.
FONTE: http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2011/08/suspiro-espacial
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