4 de nov. de 2012

Brasil é membro do CTA, um superobservatório que utiliza raios gama



Batizado de CTA (Cherenkov Telescope Array) o superobservatório de raios gama, reuniu 26 países mais o Brasil. 
O raio gama é a radiação mais poderosa já conhecida. Ela está intimamente ligada a alguns dos mais misteriosos e violentos eventos do Universo e, por isso, seu estudo é considerado estratégico.

Os temas que vão ser investigados, têm potencial para dar um "upgrade" na participação brasileira em artigos internacionais.
O objetivo do observatório é investigar as engrenagens de fenômenos como a matéria escura e os buracos negros.

O CTA terá um plano final que é ter dois centros em operação, um no hemisfério sul, que abrange o intervalo de energia total de cerca de 10 para cerca de 100 GeV TeV para permitir uma investigação profunda de fontes galácticas, e da parte central de nossa galáxia, mas também para o observação de objetos extragalácticas, e outro no hemisfério norte, que consiste na instrumentação de baixa energia (de cerca de 10 a GeV ~ 1 TeV) complementa o observatório e se dedica principalmente a norte objetos extragalácticas. Unidade de energia que eles estão usando equivale a 1,602 177 33 (49) x 10-19 joules, e que significa no singular, eV, elétron-volt, ou seja, Gev significa gigaelétron-volt e Tev significa teraelétron-volt.
 Em vez de um único grande telescópio, o CTA terá por volta de cem dispositivos menores, espalhados em uma área de quase 10 km².
Ao colidirem com as camadas mais altas da atmosfera, os raios gama provocam uma espécie de "chuva" que pode ser captada pelos telescópios.
A partir do estudo dessas partículas, os cientistas conseguirão fazer o caminho inverso e descobrir informações sobre a luz original.
"Esse arranjo dá muita flexibilidade para as observações. É possível voltar todos os telescópios para um único ponto e obter informações detalhadas ou, simplesmente, conseguir uma espécie de panorama do céu", diz Vitor de Souza Filho, astrônomo do Instituto de Física da USP de São Carlos e chefe da participação brasileira.
Segundo Vitor de Souza Filho, o objetivo é fazer ciência básica, abrir uma nova porta de investigações. "Não estamos buscando um resultado específico...A curiosidade nunca decepcionou", diz Souza Filho.
O local de construção ainda não foi definido. Dois países estão na briga: Argentina e Namíbia. As duas nações têm regiões com clima seco que facilita a observação. A escolha será feita no ano que vem. O início das operações está previsto para 2015.
Se os "hermanos" forem escolhidos, o Brasil será a opção natural para o fornecimento de equipamentos. Segundo a equipe brasileira, empresas nacionais já conseguem viabilizar a maioria dos componentes envolvidos.

Com limitações financeiras e climáticas par ter centro astronômicos só seus, o Brasil investe em colaborações  nos grandes projetos internacionais.
Para se tornar o primeiro membo não europeu do ESO, que tem os maiores telescópios ópticos de solo do mundo, o Brasil assinou um acordo para fazer parte.
Outros dois grandes projetos é o DES (Dark Energy Survey), que desenvolveu a câmera digital mais poderosa do mundo para estudar a energia escura e também o Observatório Astronômico de Javalambre que está em obras na Espanha, o país possuí uma colaboração para investigar a matéria escura nesse observatório

O financiamento no país é feito em conjunto pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

CTA está incluído no 2.008 roteiro do Fórum Estratégico Europeu para as Infra-estruturas de Investigação ( ESFRI ). Ele é um dos "sete magníficos" da estratégia europeia para a física de astropartículas publicados por ASPERA , e altamente classificado no " plano estratégico para a astronomia Europeia de ASTRONET . 


Satélites foram posicionados dessa forma a fim de proporcionar cobertura total do céu. A matriz do hemisférios sul será composto de dois tipos de telescópios com espelho tamanho diferente, a fim de cobrir a gama de energia total.

Uma matriz de muitas dezenas de telescópios permitirão a detecção de cascatas de raios-gama induzido por uma grande área no solo, aumentando o número de raios gama detectados dramaticamente.


Uma impressão dos artistas da Cherenkov Telescope Array. Fonte G. Perez, SMM, IAC

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