TÓQUIO - O Japão colocou pela primeira vez em operação neste domingo, 01, um reator nuclear desde o desastre nuclear de Fukushima, no ano passado. Desde o acidente, todos os 50 reatores nucleares comerciais do Japão foram sendo gradualmente desligados e há dois meses o Japão deixou de contar com a energia nuclear para abastecer a rede elétrica do país.
A Kansai Electric Power iniciou a remoção das varas de controle utilizadas para evitar a fissão nuclear do reator principal número 3 em sua usina em Ohi, no leste do Japão, às 22h de sábado em Brasília ou 9h da manhã pelo horário local. A energia começará a ser fornecida até a quarta-feira (4) e o reator atingirá sua capacidade plena quatro dias depois, disse um porta-voz da Kansai Electric.
A volta à operação do reator foi marcada por protestos nas imediações da usina, onde manifestantes gritavam e dançavam. A imprensa local disse que cerca de 650 manifestantes marcharam contra a reativação do reator nas proximidades da prefeitura de Fukui durante o fim de semana e que cerca de 100 tentaram bloquear a entrada principal da usina.
O porta-voz da Kansai Electric disse que o reator número 4 também deve voltar a funcionar este mês, provavelmente no dia 17 e os planos seriam de que estivesse em pleno funcionamento até o dia 24 de julho.
Paralelamente, o jornal Nikkei reportou que um painel composto por representantes do Ministério do Comércio e da Indústria estuda a possibilidade de as maiores empresas de energia do Japão repassarem aos consumidores os custos do acidente nuclear de Fukushima, por meio do aumento das tarifas.
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