A afirmação foi feita durante a abertura de um seminário durante a conferência da ONU, Rio +20, do qual participaram ministros de Finanças do G20 e de países convidados, assim como líderes de organizações internacionais. O objetivo foi discutir as diferentes visões sobre o conceito da economia verde e de como promover a sua implementação.
"A defesa do meio ambiente tem um custo maior no curto prazo, como combater a pobreza, mas no longo prazo esse custo será compensado, porque vai gastar menos com saúde, despoluição de rios, e assim por diante", disse Mantega.
Ele destacou os avanços do Brasil, lembrando que a maioria da energia do país tem base hidráulica e que 95% dos carros novos atualmente podem utilizar gasolina ou etanol.
Presente no evento, o secretário-geral da OCDE, José Angel Gurría, disse que a emissão de carbono tem, que ser atacado com impostos, principalmente aos combustíveis fósseis.
"O inimigo é o carbono, temos que atacá-los com impostos", disse Gurría."Usamos bilhões com subsídio do combustível fóssil, e quem se beneficia são os ricos, não os pobres, que usam mais a energia, a gasolina", disse o secretário, atacando com isso o país anfitrião, que subsidia a gasolina e o diesel com a Cide (Contribuição der Intervenção no Domínio Econômico).
A tese de um imposto à energia fóssil também foi reforçada pelo diretor do FMI Min Zhu, afirmando que o mundo gastou US$ 400 bilhões em susbsídios no setor energético em 2010. "Isso incentiva o consumo do velho, não abre espaço para inovação", defendeu Zhu.
Já o diretor geral do Banco Mundial, Mahmoud Moieldin, disse que os países "estão desesperados pelo crescimento, não importa a cor", mas que era preciso ter preocupação para que "esse crescimento seja inclusivo e garanta uma economia verde".
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