27 de mai. de 2013
Brasil aposta no grafeno, a matéria-prima do futuro
Considerado a matéria-prima do século, o grafeno tem grande potencial para revolucionar a tecnologia. Imagine você derrubar seu celular e não quebrar, ou então poder guardar seu notebook em uma carteira? Pois então essas são as grandes características do grafeno. Resistência, a maleabilidade e a capacidade de produzir energia.
Em breve, o Brasil poderá produzir o material. A Universidade Mackenzie faz parceria com a Universidade Nacional de Cingapura com a intenção de criar um centro de pesquisa para desenvolver o material no país. E tudo isso vai favorecer a troca de conhecimento e a instalação de uma unidade de pesquisa no país. O primeiro centro de estudos de grafeno no Brasil deve estar concluído em maio do próximo ano.
"Estamos numa corrida acelerada em busca de aplicações para o grafeno. Ele realmente apresenta propriedades altamente diferenciadas", conta o professor que vai coordenar o centro Mackgrafe, Eunézio Antonio Thoroh de Souza. "Esse interesse no grafeno advém do fato de o material ter demonstrado resultados surpreendentes. Certamente em breve já teremos produtos no mercado à base de grafeno", completa.
Para o professor, em algumas áreas, o grafeno poderá substituir tecnologias antigas. Mas a principal aposta é outra: "Ele poderá revolucionar a relação entre máquina e ser humano", acredita.
A resistência, a maleabilidade e a capacidade de produzir energia fazem do grafeno um elemento com potencial transformador. Na avaliação do professor Ph.D. em Física Antonio Hélio de Castro Neto, diretor de um dos mais importantes centro de pesquisas de grafeno do mundo, o Centro de Pesquisas de Grafeno da Universidade Nacional de Cingapura, o material pode trazer uma nova geração de produtos eletrônicos transparentes, flexíveis, super finos, leves, e ao mesmo tempo resistentes e com baixo consumo de energia. Além disso, ele lembra que o grafeno é versátil, tem potencial de uso na medicina, aeronáutica e indústria automotiva. "É um material que está abrindo muitas áreas de exploração comercial."
O QUE É O GRAFENO?
O grafeno é um composto de átomos de carbono reunidos em pedaços que se parecem colmeias. Ele nada mais é que uma camada finíssima de grafite, o mesmo que compõe os lápis. Quando isolado e usado da forma correta, ganha possibilidades incríveis de utilização e, por isso, vem sendo considerado como a matéria-prima do futuro.
O grafeno é tido como a solução de vários problemas na área de tecnologia: desde substituição de materiais raros e escassos até o barateamento de custos para o consumidor. O composto foi descoberto em 1947, pelo físico Philip Russel Wallace, o primeiro a estudar de forma teórica sobre o material. Mas foi só em 1962 que ele se tornou realidade, através dos químicos Ulrich Hofmann e Hanns-Peter Boehm. Foi Boehm, inclusive, quem o batizou, a partir da junção das palavras grafite e o sufixo –eno.
Finalmente, em 2004, o grafeno surgiu para o mundo, graças aos físicos Andre Geim e Konstantin Novoselov, que resolveu testar seu potencial como transistor. Até aquele momento, era impossível conseguir uma amostra do material para estudos mais efetivos, sem o isolar da forma correta. Os estudiosos conseguiram o feito, incrivelmente, com uma fita adesiva.
RIVAIS
O grafeno vem sendo considerado o "elemento do futuro" por muitos especialistas. No entanto, o professor Antonio Castro Neto tem uma opinião diferente: "O grafeno é a substância do presente". Muitos países estão investindo no grafeno, como a União Europeia, que investiu 1 bilhão de euros em dez anos para o estudo industrial do grafeno. A Coreia do Sul já investiu perto de 0,5 bilhão de dólares, o Reino Unido, perto de 200 milhões de dólares, os Estados Unidos, mais ou menos isso. Segundo o professor quem não investir no grafeno vai ver todos os outros países com tecnologias muito mais avançadas, isto é, vai ter que pagar royalties pela tecnologia que o grafeno vai gerar.
E não se esqueça de assinar a petição da Liga das Florestas - Greenpeace, colabore para o meio ambiente (para saber mais clique aqui http://www.ligadasflorestas.org.br/).
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