Nesta quarta-feira (13/03) entrou em funcionamento o maior telescópio do mundo, o Alma (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array). Situado no deserto do Atacama, no Norte do Chile, o telescópio tem 66 antenas de alta tecnologia, cada uma pesando mais de 100 toneladas.
O projeto de 1 bilhão de euros, permitirá observar comprimentos de onda milimétricos e submilimétricos invisíveis a olho nu. Suas antenas são as mais avançadas já construídas. O telescópio é fruto do primeiro programa de astronomia verdadeiramente mundial, com orçamento dividido entre Europa, Estados Unidos e Japão.
O revolucionário observatório astronômico, é capaz de observar o Universo detectando luz que é invisível ao olho humano, o ALMA mostrará pormenores nunca antes observados sobre a formação de estrelas e galáxias no Universo primordial e planetas em formação em torno de sóis distantes, após mais de uma década de construção o ALMA que entrou em ação nesta quarta-feira promete ajudar muito a ciência . "O (observatório) Alma será uma revolução. Nos permitirá ver com mais profundidade e de forma mais nítida e isto transformará completamente nossa visão de parte do Universo", explicou à AFP Massimo Tarengui, representante do Observatório Europeu Austral (ESO), que integra o projeto.
A natureza produziu um variedade enorme, originada num longo processo cósmico de desenvolvimento. Custa acreditar que essa variedade de paisagens e biosferas se baseie em pouco mais de uma centena de elementos químicos.
Elementos leves, como o carbono, são criados no interior das estrelas, enquanto metais como ouro ou titânio, só se formam quando elas explodem. As estrelas então lançam sua crosta exterior no espaço e espalham os elementos que acabam de se formar.
A partir desses invólucros detonados formam-se nuvens, que, por sua vez, voltam a formar novas estrelas. Assim se cria o ciclo cósmico de nascimento e extinção. Mas como ele começou? Com o Alma, os astrônomos pretendem mirar e investigar as primeiras estrelas que desencadearam esse ciclo, há mais de 13 bilhões de anos.
Tecnologia de ponta
Um projeto como esse é necessário uma tecnologia de ponta, e não foi diferente, o projeto não economizou em alta tecnologia e instalou tudo que foi preciso para que o telescópio suporte as variações de temperatura que pode chegar a 50 graus O espelho do telescópio, de 12 metros de altura, não pode se deformar, mesmo sob temperaturas extremas. E as antenas têm todas que ter as mesmas características e altura. Só assim elas podem funcionar juntas como um único olho, o assim chamado interferômetro.

As imagens extraídas por Alma serão processadas no chamado Correlacionador, considerado um dos computadores mais potentes do mundo.
O desafio de desvendar os mistérios de nossa galaxia é grande, tecnologia não falta, agora só basta esperar para saber de onde viemos.
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