A
Conferência que está acontecendo desde a semana retrasada, tinha um prazo para
terminar nesta sexta-feira. Mas várias questões ainda não foram acordadas,
assim a COP-18 se estenderá até a madrugada deste sábado (8).
Os
três principais objetivos ainda mantinham questões em aberto. A extensão do
Protocolo de Kyoto para um segundo período de compromissos ainda tinha questões
a serem tratadas; conclusão do LCA (grupo de trabalho sobre cooperação de longo
prazo); e definições de uma guia sobre o que deve ser o novo tratado climático,
a ser fechado em 2015, tudo isso ainda precisam de uma definição.
Diferentemente
das outras Conferências, a COP-18 dirigiu toda a pressão para decisões sobre os
países desenvolvidos, para que eles coloquem o dinheiro na mesa ou então ao
menos mostre em que o dinheiro será distribuído nos próximos anos para que
possam trazer metas mais ambiciosas de
reduções das emissões.
Já
os países em desenvolvimento, talvez aproveitando toda essa pressão, pediram um
compromisso de doação de US$ 60 bilhões até 2015, porém os países desenvolvidos
dizem que não podem oferecer nada neste momento.
Em
todas as partes da Conferência havia decisões a serem tratadas. Na plenária da
chamada Plataforma de Durban, que trata do novo regime, a controvérsia estava
em torno da menção ou não ao documento proveniente da Rio+20, que fala sobre
equidade e traz o princípio da Responsabilidade Comum, Porém Diferenciada
(CBDR, na sigla em inglês).
O
problema que EUA, Noruega e México pediram sua exclusão, seus delegados
afirmaram que o documento é muito complexo e muito amplo e que poderia gerar
confusão de interpretação. Já o egípcio respondeu que o documento é muito
relevante ao falar que tem de proteger o clima com equidade e CBDR. A
representante da Bolívia simplificou: “Não entendemos por que algumas partes
não querem a inclusão dessa simples menção. Todos aqui não aprovaram o
documento e ele não tem específicas menções à mudança climática?".
Em
Kyoto ainda havia um velho problema envolvendo Rússia e Polônia, sobre a
dificuldade sobre o que fazer com o chamado "hot air", uma espécie de
poupança de emissões, estes dois países reduziram mais do que o acordado e
querem carregá-las para as novas metas.
Para
isso foi feita uma proposta de um limite de 2,5% para o uso disso para desconto
das metas desses países no segundo período de Kyoto. Havia também uma
expectativa de que alguns países fariam anúncios durante a plenária final de
que não vão aceitar comprar esse tipo de "crédito", visto que ele não
representa uma real redução de emissões. Esse tipo de "compra de
crédito" poderia comprometer a integridade ambiental de Kyoto.
Mais uma vez vemos que os países que mais poluem não querem tomar uma decisão definitiva e de curto prazo que leve a redução efetiva de poluentes descarregados na natureza.
ResponderExcluirUm grande problema que vejo crescer nestas conferências, é a tendência a comercialização dos indíces de poluição que cada país tem se comprometido a respeitar, como os créditos de carbono, que virou um grande comércio disfarçado.
TOP essa postagem, o Brasil se saiu bem, ganhando US$ 127 milhões, é bastante dinheiro.
ResponderExcluirlegal esse blog, gostei
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