A conferência do clima de número 18, a COP- 18, teve inicio ontem em Doha, no Quatar.
O evento reuniu cerca de 17 mil participantes de quase 200 países, a nova rodada de negociações discutirá, nas próximas duas semanas, como chegar ao tão sonhado novo acordo global do clima, meta ainda distante.
A pouca expectativa em torno de um resultado concreto da 18ª Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP18) não deve contaminar as negociações a serem travadas no encontro pela redução dos impactos das mudanças climáticas. Para as organizações ambientais que vão acompanhar os debates, do dia 26 de novembro a 7 de dezembro a conferência deverá servir pelo menos para concretizar um caminho para as futuras propostas a serem assumidas pelos países
Na cerimônia de abertura, o presidente da conferência, Abdullah Bin Hamad Al-Atttiyah, ex-ministro da energia do Catar, disse que "o fenômeno da mudança climática é um desafio comum para a humanidade" e que a conferência é uma "oportunidade de ouro, e devemos usá-la".
Na COP- 18, conferência do clima da ONU, um dos principais tópicos será a discussão do futuro do Protocolo de Kyoto, o único pacto já firmado entre as nações do planeta para a redução das emissões de carbono.
O protocolo vence em 31 de dezembro deste ano, e compromete países industrializados (como a União Europeia e o Japão) a reduzirem em 5% as emissões de gases do efeito estufa em relação aos níveis produzidos em 1990.
O Protocolo de Kyoto, segundo críticos teve erros, pois não inclui EUA e China, os maiores emissores do mundo.
Uma declaração do grupo das cem nações mais pobres e sob risco disse que "o Protocolo de Kyoto é mais do que um tratado. É o fundamento sobre o qual repousa o esforço multilateral para enfrentar a mudança climática".
O países devem aceitar essa segunda fase do protocolo, principalmente os que mais emitem gás carbono, os que mais são responsáveis pela crise climática. Isso vai trazer benefícios reais para a questão do clima. Atualmente, o que está proposto está muito atrás das necessidades.
A União Europeia, a Austrália e outros signatários, que representam 15% do total de emissões globais, têm dito que aceitariam compromissos com o segundo período, mas Nova Zelândia, Canadá, Japão e Rússia têm recusado.
Um relatório recente, apontou que, mesmo que as medidas atuais sejam tomadas, há cerca de 20% de chance de a temperatura do planeta aumentar 4º C até o fim do século. E por isso e outras causas é muito importante que os países concretizam um novo acordo mais forte contra as causa do efeito estufa.
Tópicos importantes da conferência
- Definir os termos de um novo período do Protocolo de Kyoto, único acordo climático obrigatório.
- Acertar detalhes que permitam estruturar um acordo global de reduução de emissão de gases do efeito estufa, que deverá ser assinado em 2015.
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