7 de jul. de 2012

Acelerador que descobriu bóson, se prepara para desvendar mais mistérios

Feita a festa pela descoberta de uma nova partícula que provavelmente é o famoso bóson de Higgs, a equipe do maior acelerador de partículas do mundo --LHC (Grande Colisor de Hádrons)-- já começa a pensar em novos desafios (envolvendo os 95,4% do conteúdo total do Universo que permanecem desconhecidos).



Para tanto, o centro de estudo Cern (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear), já tem agendada a primeira grande reforma do LHC. Espera-se que, ao fim deste ano, a instalação seja desligada e fechada para atualizações. As operações devem ser retomadas só em 2014, depois de 20 meses --então em força total.

O acelerador foi projetado para acelerar prótons a uma energia de 7 TeV (tera-elétronvolts). Quando se promove a colisão de dois deles nessas condições, toda a energia de movimento é convertida numa miríade de partículas dos mais diversos tipos. É em meio aos destroços desse impacto que os físicos buscam as descobertas.

Contudo, desde que iniciou suas operações, em 2008 (com uma pausa para reparos em seguida que o tirou do ar por um ano), o nível máximo alcançado de energia por próton foi de 4 TeV.
Foi o suficiente para encontrar o bóson de Higgs e confirmar o mecanismo previsto no Modelo Padrão que permite que todas as partículas que existem tenham massa.
Ainda assim, é interessante notar que o tão celebrado Modelo Padrão responde por apenas 4% de tudo que existe --a chamada matéria bariônica, composta por prótons, nêutrons, elétrons e seus subcomponentes.

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