O avião solar "Solar Impulse" decolou às 5h30 (horário local) desta terça-feira (5) do aeroporto de Barajas, em Madri, para completar a travessia que iniciou em 24 de maio na Suíça e que concluirá no Marrocos.
Com isso, seus pilotos, Bertrand Piccard e Andre Borschberg, concluirão o desafio de voar mais de 2.500 quilômetros sem "uma gota de combustível".
O "Solar Impulse", pilotado por Borschberg, chegou ao aeroporto de Barajas desde a localidade suíça de Payerne em 24 de maio e deveria ter continuado seu trajeto quatro dias depois, mas a saída foi
adiada devido ao mau tempo no Marrocos.
O avião solar, após decolar de Madri, alcançará uma altitude de 3.600 metros para dirigir-se rumo a Sevilha, antes de atravessar o estreito de Gibraltar a uma altitude de 8.500 metros.
Posteriormente, entrará em território marroquino e, após sobrevoar Tanger, aterrissará em Rabat por volta da 1h de quarta-feira.
Piccard será o encarregado de pilotar o avião solar entre Madri e Rabat e terá de usar um traje especial contra o frio e uma máscara de oxigênio, já que a cabine dessa aeronave, que tem a envergadura de um Airbus 340 e o peso de uma caminhonete (1.600 quilos), não está pressurizada.
Piccard e Borschberg começaram essa aventura há sete anos, e o primeiro teste com o avião foi feito em 2009, enquanto em 2010 o "Solar Impulsione" fez seu primeiro voo real e conseguiu ficar 26 horas seguidas no ar, dia e noite, sem nenhum tipo de combustível.
As 12 mil células fotovoltaicas que cobrem suas asas recolhem a energia solar e a transferem às quatro baterias da aeronave, que desta forma pode voar por até cinco horas seguidas.
O avião, fabricado com fibra de carbono, é o resultado do trabalho em equipe de 70 pessoas e 80 sócios, e essa viagem corresponde a um convite da Agência da Energia Solar do Marrocos, que planeja a construção de cinco parques solares até 2020.
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