7 de jul. de 2015

Como surgiram os anéis de Saturno?



Desde a descoberta dos anéis de Saturno em 1610 por Galileu Galilei até hoje, não se sabe exatamente a origem das "bijuterias" deste planeta gasoso. Pronto, fim do artigo...
É claro que não... Há algumas teorias que tentam esclarecer esta dúvida, a principal diz que os anéis seriam restos de uma lua de Saturno, destruída após a colisão com outro corpo celeste, ou pedaços de um cometa que se aproximou do planeta e fragmentou-se antes de atingi-lo.
Há milhões de anos, um imenso corpo celeste de cerca de 200 quilômetros de diâmetro se fragmentou nos arredores de Saturno. Acredita-se que tenha sido uma lua do próprio planeta destruída após chocar-se com outro astro qualquer ou um cometa que se despedaçou ao aproximar-se de Saturno.

Em torno dos planetas, há uma "fronteira" conhecida como limite de Roche, que é a distância máxima que um astro pode se aproximar de um planeta e manter-se intacto. Quando um corpo ultrapassa essa fronteira, ele se desintegra. Nossa Lua, por exemplo, só não racha por estar fora do limite de Roche da Terra.

A fragmentação se dá por causa de um efeito secundário da força da gravidade, um fenômeno conhecido como força de maré - embora não seja forte o suficiente para atrair o corpo até a superfície, ela é capaz de estilhaçar cometas, asteroides e até estruturas maiores, como satélites.

Conforme um satélite de grande porte se aproximou de Saturno, como a lua Titã, as forças gravitacionais do planeta poderiam ter “descascado” alguns pedaços de gelo antes da colisão. Isso resultou na formação de um anel maciço de gelo. O núcleo rochoso da lua simplesmente “caiu” sobre a superfície de Saturno.

Ao longo de milhares de anos, os fragmentos maiores teriam adquirido velocidades diferentes e continuado a se chocar entre si, gerando uma grande fragmentação que acabou ocupando todo espaço disponível ao redor.

Os estilhaços se agruparam em sete grandes anéis, batizados pelas letras D, C, B, A, F, G e E, do
mais próximo (D, a 68 mil quilômetros do planeta) ao mais distante (E, a 180 mil quilômetros). Eles foram nomeados alfabeticamente pela ordem em que foram descobertos (A foi o primeiro) e subdividem-se em milhares de outros anéis mais finos.

A relativa estabilidade da órbita dos anéis se dá graças aos satélites de Saturno dos quais eles estão próximos e cuja força gravitacional ajuda a manter os anéis unidos. O planeta possui nada menos que 60 luas conhecidas.

Os anéis são separados por espaços. É o caso da Divisão de Cassini, que é a maior abertura que separa o anel B do anel A. Recentemente foi descoberta uma série de outros anéis mais finos. O Anel de D é provavelmente o mais fino de todos e o mais próximo do planeta. O Anel F é o anel que circunda o anel A.

Com o tempo, e em virtude das sucessivas colisões e da diferença de velocidade entre as partículas, os anéis foram se moldando até chegar a uma inclinação próxima do zero, permanecendo em órbita na região do Equador de Saturno.

Os anéis principais estão mudando constantemente, compostos de pedaços de gelo com o tamanho de casas, que se movem rápido, colidem gentilmente, quebram-se e se reformam aproximadamente a cada hora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário