16 de dez. de 2014

Inpe divulga as primeiras imagens do satélite brasileiro CBERS-4



Os primeiros resultados da parceria entre Brasil e China acaba de chegar, o satélite CBERS-4, lançado no dia 7 deste mês, teve sua primeiras imagens divulgadas. Divulgadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a câmera brasileira MUX, capturou imagens que mostram detalhes da Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. As imagens foram feitas um dia após ter entrado na órbita da Terra.

"A qualidade das primeiras imagens demonstra a importância do serviço que esse satélite poderá nos oferecer", disse em Pequim o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina Diniz.

A MUX tem resolução de 20 metros e registra imagens no azul, verde, vermelho e infravermelho próximo, para uso em diferentes aplicações. Ela é uma das quatro câmeras de alta resolução que compõem o CBERS-4. Na última quinta-feira (11/12), outras duas câmeras – a brasileira WFI e a chinesa PAN – tiveram seus registros divulgados. Os equipamentos, com resolução de 64 metros e 10 metros, respectivamente, mostraram a região de São Felix do Xingu (PA), na Amazônia.

O Programa CBERS nasceu de uma parceria inédita entre Brasil e China no setor técnico-científico

espacial. Com isto, o Brasil ingressou no seleto grupo de Países detentores da tecnologia de geração de dados primários de sensoriamento remoto. As aplicações serão muito uteis para mapear o desflorestamento e também ajudará nos estudos na área de desenvolvimento humano.O novo satélite facilitará, por exemplo, o monitoramento da Amazônia, o controle de recursos hídricos e florestais e o mapeamento da agricultura e da expansão das cidades, além de reforçar as relações do Brasil na América Latina, já que poderá fornecer informações para outros países da região.

O lançamento do CBERS-4, quinto satélite do programa sino-brasileiro, estava previsto para dezembro de 2015, mas foi antecipado devido ao acidente do seu antecessor, o CBERS-3, em dezembro do ano passado.

Nos 25 anos de história da parceria entre o Brasil e a China, já haviam sido lançados o CBERS-1, CBERS-2 e CBERS-2B, que foi colocado em órbita em outubro de 2003 e deixou de funcionar em 2010. Juntos, os satélites CBERS-3 e 4 consumiram 300 milhões de reais de investimento do Brasil.

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