2 de nov. de 2011

Duas pesquisas arqueológicas reexaminam dentes pré-históricos encontrados na Europa e sugerem que o homem moderno chegou ao continente antes do que se pensava e conviveu pelo menos cinco milênios com os neandertais.
Dentes de homens modernos encontrados em cavernas na Itália e na Inglaterra contam uma história diferente sobre a chegada dos ancestrais de nossa espécie à Europa. Novas datações desses ossos feitas por dois grupos independentes de pesquisadores mostram que o Homo sapiens já estava no continente há 45 mil anos, pelo menos cinco mil anos antes do que indicavam as mais antigas evidências arqueológicas existentes.
Em um dos dois estudos – ambos publicados hoje (2/11) no site da revista Nature –, pesquisadores liderados pelo arqueólogo Stefano Benazzi, da Universidade de Viena, na Áustria, reexaminaram dois dentes de leite escavados na Gruta do Cavalo, na Itália, em 1964.
Os fósseis foram encontrados junto a ornamentos e ferramentas típicas do homem moderno, mas, com base em análises morfológicas rudimentares feitas à época, foram atribuídos aos neandertais que habitavam a região, conhecidos como Ulluzzian.
Novos métodos de escaneamento digital, feitos por meio de microtomografia computadorizada, permitiram que os pesquisadores criassem um modelo tridimensional dos dentes para uma análise mais detalhada.
As estruturas internas e externas dos dentes pré-históricos foram comparadas com os dentes de humanos modernos e os pesquisadores concluíram que eles eram mesmo de Homo sapiens e não de Homo neanderthalensis.

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